quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AUDE

Seu nome diferente quase me dizia
Não és daqui, não és de Brasília
Mas sua pele branca rebatia
Devolvia meus olhares de ironia
Me entreguei, ela já sabia

Observando fui notando
Mas certos momentos eu não entendia
Porque a língua que estava falando
Me deixava confuso e eu não compreendia
Sendo assim pensei em ir andando
Estava tarde e a noite pouco fria
Ela sem carona ofereci-me para ir guiando
Hesitou um pouco, pois não me conhecia
Mas logo via, ela estava comigo caminhando
E eu abrindo a porta à ela já com ousadia
Puocas horas para o dia eu guiava divagando
Fui me apaixonando pela bela moça da danceteria
Mão suando e coração pensando
Estava viajando ou ela querer-me-ia

Me desequilibrei e acabei sendo quem não queria
Tornei-me conservador num momento em que não devia
Não conduzi-a como o script mandaria
Deixe de mostrá-la como sou no dia-a-dia
Um sonhador de modesta ousadia

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