quarta-feira, 28 de julho de 2010

Disfarçada

Fortemente eu tentei
Esquecer-te cogitei
Tudo foi mais forte, entreguei

Ao seu modo natural de existir
Categórico jeito de me fazer sorrir
Entorpecendo-me ainda depois de partir
Deixando-me obras à pintar sem lápis de colorir

Próxima cada dia novamente está
O distante já não é mais lá
Comutou melodicamente para fá
E dará muita dó se demorar

A ansiedade nunca teve idade
Dilata o tempo, diminui a velocidade
Dando vontade de te tragar com veracidade

Incrivelmente expande a usina da minha mente
Como regador e o olhar do sol brota a semente
Abandonada, enclausurada, sufocada por tanta gente
Que me pira me fazendo pensar que eu sou o demente

Contraditoriamente ainda lhe desejo
Nem que eu tenha que carregar o peso
De que será fato o desprezo
Por te usar e deixar-me usar sendo eu mesmo

Não tenho culpa de ser assim
Mas sou culpado por te amar sim
Por permitir me levar nessa viagem sem fim

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sobriedade Demasiada

A promessa foi feita. A palavra deve ser cumprida. Homens não só são homens. Mulheres não são só mulheres. O que está além do seu alcance não sou eu que aproximarei. Corra aos seus pensamentos. Seja um profeta. Mas deixe o mal que lhe afeta, jogando fora esses remédios vencidos que te tingem de atleta.

A tentação de me entregar é grande, mas nunca maior que o desejo. Do efeito simbiótico que alucina meu corpo e me põe em outra mente. Que droga! O álcool foi filmado tragando um gole de nicotina. Agora todos sabem como ele contamina. Bendita medicina, pois já saiu a vacina.
Injeta-me no anelar esquerdo, pois a festa está programada, ele há de se casar.

O prometo do início virou complicação, estendeu-se nas análises sociais e corrompeu-se por outras vias, terei que expandi-lo ainda mais. O limite da sobriedade me deixa tonto e me esclarece, que na verdade, o prazer é a prolongação do orgasmo e não o contrário.

Fui mal adestrado. A sorte do meu azar é a juventude, que como queijo derretido possui uma altíssima virtude de um coeficiente elástico que gruda nas mãos de quem me saboreia, desde que o prato seja plástico. Porque a simplicidade reina e a promessa se irradia não só de dia, mas também na noite.

Serei o único a notar que festa boa não deve ter hora para acabar? Maldito achismo social, sou dos poucos a não passar mal com essa tendência mundial, me divirto de forma individual e compartilho o olhar com a loira monumental, que parece me ler a mente e entender que sou zagal me fazendo questionar, qual será mesmo meu lugar?

Ações no Mercado

A paciência anda em baixa, o humor oscila bastante com a falta de liquidez nos mercados, que só vendem alimentos condimentados com suor quase escravizado, tornando-o ainda mais salobro.

Isso explica uma das razões em que a sede aumenta subitamente causando a cegueira temporariamente, impedindo que vejam a doce água alagando seus pés.

Alguns porém não são bons em vestir dores, não se deixam enganar com qualquer ação, mas mantém sua posição e não têm tomada de decisão baseada em um mero achão. Posto e com imposto na televisão num delicioso e suculento sanduíche do verão, porém que no inverno enjoa diferente do velho e bom pão.

Um dia os ceguetas verão que há coisa boa de ser investir, não tem tanto sabor de imediato, mas seu rendimento é a longo prazo com toda certeza um excelente prato.

Para isso ocorrer, as ricas reservas de um crânio enriquecido, alimentadas infelizmente por aquele suor dos que se deixaram vender, deverá explodir e contaminar as ideias arcaicas dos fétidos que a cada 100, dez integrarão-se ao positivismo do amor que dizimará com qualquer espécie viva de pensamento mórbido.

O setor do bom alimento começará a alavancar bons frutos, reestruturará os sistemas que nervosos não irão ficar, pois o equilíbrio do mercado, solidificado estará, no vento que vai daqui a acolá, que sem muito esforço se mexe ao você respirar.