segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Pira Tear - A prostituição Compartilhada

Ter uma pira é surtar em algo.
Já tear é tipo um ato que tece criando uma coisa.
Sendo assim, piratear é uma espécie de surto criador.

A idéia obscura pela frente disto é sobre o que se considera pelo conceito do verbo piratear, assim como outros conceitos como pirataria. Um conceito muito associado as pessoas dos navios que saqueavam outros navios, segundo a história, de forma a se enriquecer e obter poder. Em traduções compreendidas mais atuais, é uma um tipo de reprodução ilegal sobre coisas na qual existe um direito autoral associado.

Desculpe-me, mas a recursividade da compreensão sobre o assunto continua, assim como a estupidez e a curiosidade humana não tem limites.

O motivo deste meu rebuliço mental é sobre o que se produz na mente e não nos bolsos. Vamos seguir por linhas entrelaçadas, mas comecemos por aqui: Músicas!

1)
Será que existe alguém neste planeta terra, com exceção de alguns surdos (pois ainda não compreendo em sua totalidade como eles lidam com sons), que não goste de algum tipo de som, letra de uma canção, um ritmo ou qualquer gênero conceitual que sobrevoa a palavra música ? Por favor, manifesta-te! A sua opnião e os estilos de músicas mostram a diversidades das mentes, das expressões e sobretudo, para mim, estabelece como é uma das alegrias abstratas que conectam vontades humanas.

Podemos ver grandes transformações diante deste fenômeno conectivo (músicas) para trazer isto as pessoas, principalmente na forma como as transmitimos. Hoje em dia, tem-se o conceito forçado de que compartilhar uma música na qual você não pagou diretamente por ela é o tal da pirataria, ou como prefiro chamar, o surto criador.

Voltemos aos tempos remotos. Algúem ouviu um concerto em algum coreto  e resolveu "cantar", ou tocar em outro instrumento aquele som que ouviu para outro alguém. Pelo conceito, pode-se considerar um ato de pirataria ? Logo nos questionamos que não era bem a reprodução fiel do que foi, logo não pode ser considerado uma reprodução ilegal. Então poderiamos afirmar que alterar um bit de uma música digital não seria pirataria ?

2)
Comprendo! Compreendemos! Os respeitos devem ser respeitados. O trabalho deve ser retribuido. Então me questiono-lhe: Tu comprastes um vinil, legítmo, nota fiscal e tudo, mas com o avanço dos meios, surge o CD. O conteúdo que tu buscas é exatamente o mesmo, mas o vendendor (leia-se gravadora, intermediário, artista) por acaso cobra-te somente pelo meio (apenas nova vestimenta) ou inteiro (nova vestimenta e conteúdo) ?

Eu não tive oportunidade de conhecer e você?  Alguma empresa que "Recebemos seu vinil e trocamos por CD do mesmo artista apenas cobramos o custo de fabricação"!

3)
Reinventar a roda gera retrabalho sobre uma necessidade imutável e tem lá seus prazeres e incorências, mas deixe-me explorá-la. Um artista, um pensador, um arquiteto ou diretor, todos tem ideias e pensamentos próprios, mas tem algo em comum! Nenhum deles coleciona conteúdos totalmente privados. Tudo foi adquirido ao logo de suas vidas, compartilhado por momentos de tantas outras pessoas, paisagens e seres vivos ou não! Por mim, posso afirmar, eles têm surtos criadores a cada instante, mas em um determinado doravante momento, eles acham prudente cobrar, ou pior, conceituar como de direito autoral uma obra composta de tantas outras obras autorais, que bem provalmente não sofreram devidas retrubições.

Seria certo atribuir a um mero faixineiro, a maestria de uma bela casa arrumada como sendo o seu conteúdo de própria autoria?

Calma na alma, pois temos consiência de que há raras regras exceto. Aqueles e aquelas e a kilos que gradualmente engordam-se de materia 99% pura. Dos ilustres que pintam uma bela parede pela tinta criada por vós próprio. Quem na atualidade promíscua pode chegar a tal graduação de pureza?


4)
Os preços (das músicas) se justificam não pelo que valem, mas pelo que representam. Alias, isto é o princípio do dinheiro, pois representam um valor associado. Indague-se e note que ele poderia valer muito mais do que ele vale, simplesmente pelo verdadeiro ato de representar o que de fato é.

Um som criado ou modificado, tendo como origem o som da chuva, deveria ser quantificado, represenado e retrbuido da mesma forma ao seu criador. Muito complexo né, tudo bem ignora. As pessoas vão continuar ignorando e compartilhando as coisas mesmo. De forma impensada, tropeçemos!

5)
A Internet está aí, você está me vendo, mas está aqui também. Bem vindo ao surto criador!




Resumindo bem, reiventar a roda não é tão complicado, o díficil mostra-se ao fazer ela girar.



[Imagem:Esteira_circular_onde_a_pessoa_caminha_nao_sai_do_lugar_mas_o-lugar-vai-ate-ela.png]