quinta-feira, 26 de agosto de 2010

C~o~n~e~x~o

O tempo no espaço se torna uma coisa que conhecemos bem. O tempo sozinho já é algo diferente. É como pensar no ser humano existindo somente um dos sexos. Preciso de espaço? Podemos ser simplesmente meras projeções de uma bidimensão, mas com tanta informação que viramos esse tão difundido espaço 3D em ação. Pela mesma analogia podemos achar que já estamos avançados. O achismo da quarta dimensão já foi alcançado, somos virtualmente criados nessa limitação de 3 eixos, assim como softwares criam um cenário. Estamos no passado e no futuro e com isso você ganha de brinde o presente. Dessa forma deixo tudo acontecer sem me preocupar no anteontem ou no que acontecerá porque essa lembrancinha da vida é tudo que me restará. Essa atitude pode parecer egocêntrica, altista e sem vínculo com a realidade, mas porque não achar que a perfeição já foi alcançada, mas que o momento é partir para um outro adjetivo que é bem mais do que o perfeccionismo desse contorcionismo silábico que tento descrever que a vida se incia e se termina com o barulho da abertura da rolha de uma garrafa de vinho. Quero reduzir o espaço para para me espremer e virar um bagaço, extrair o ralo suco do que sou e criar o tempo para permitir que bebam tudo o que restou.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Especulando a Realidade

Podemos ser simplesmente meras projeções de uma bi dimensão mas com tanta informação, que viramos esse tão difundido espaço 3D cheio de emoção.

Pela mesma analogia podemos achar que já estamos avançados. O achismo da quarta dimensão já foi alcançado, somos virtualmente criados nessa limitação de 3 eixos, assim como softwares criam um cenário. Estamos no passado e no futuro e com isso você ganha de brinde o presente.

Dessa forma deixo tudo acontecer sem me preocupar no anteontem ou no que acontecerá, porque essa lembrancinha da vida é tudo que me restará.

Essa atitude pode parecer egocêntrica, altista e sem vínculo com a realidade, mas porque não achar que a perfeição já foi alcançada, mas que o momento é partir para um outro adjetivo que é bem mais do que o perfeccionismo desse contorcionismo silábico que tento descrever, que a vida se incia e se termina com o barulho da abertura da rolha de uma garrafa de vinho quando o sol se esconder.

sábado, 14 de agosto de 2010

Inferno Enfermo

Talvez eu deva ir para o inferno
Meu lugar talvez seja lá
Vou garantir minha vez se o paraíso não chegar

Não me sinto como se estivesse no lugar
De uma pessoa que quer agradar e ainda consciente
Por atos subjugados não interessar a liberdade da mente

Demente, o emaranhado cefálico, começa a ficar
Começa pelos dedos, percorre a canela, pára na visícula biliar
A sensação é gostosa, dá prazer, é como nadar pelado no mar
Fez perder todo o sentido de vestir roupa do estilista Aguiar

Neste estado introspectivo um tanto quanto sutil
Uma questão me fez traçar um perfil de aparente sonhador
Como não acreditar no terror do mundo até mesmo do Brasil

Onde sinto que não deveria existir
Cadernos de colorir com listras servindo de delimitador
Tornando a impedir o desenho de meu amor

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Visões de um Cego

Penso, logo existo. Não?...Não acho que resisto
Ao misto quente que aguça a minha mente
A luz alimenta-se de frutas, multidões, árvores e furacões
De ti, de mim, de nossos corações
Egocêntricos na essência por aquele tipo de visão
De um velho índio cego que até agora não entendeu o verbo olhar
Seria como magoar, alguém que tentasse explicar
Que o maracujá é belo enquanto teus olhos o observam
Agradeçamos a luz, por nos deixar enxergar
Outros relevos, um diferente patamar
Mas não nos limitemos a apenas com a luz enxergar
Há tantos outros meios, tantos mais a testar
E me recuso a listar
Porque receita de bolo é só a mamaẽ que dá
Sem mencionar, que o que venho descobrindo
É tão óbvio como respirar de baixo do mar
Sem qualquer maquinário ou tecnologia de outro planeta
Respirando normalmente como uma sereia
Flutuando como o barco no horizonte
Que funde-se com o barulho da onda que se quebra na areia.
Quando o sol se por, a luz tende a ir embora
Desperta-me tais sentidos pois agora
O que me incomoda é a escuridão lá de fora
Fique atento, se aqueça
Submeto-me às bilhões de células para que não te esqueça
Elas te fazem, me fazem toda essa beleza, de pensarem em sincronia
Terem idéias com tanta maestria, que desmereceria
Tornaria uma mesquinharia, uma falta de sensatez minha
Julgar que meu atos são puros boatos de minha consciência de mulato
Quanta falta de tato, desperdiçar anos-luz de tempos
E achar que já sou um animal racional de fato.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AUDE

Seu nome diferente quase me dizia
Não és daqui, não és de Brasília
Mas sua pele branca rebatia
Devolvia meus olhares de ironia
Me entreguei, ela já sabia

Observando fui notando
Mas certos momentos eu não entendia
Porque a língua que estava falando
Me deixava confuso e eu não compreendia
Sendo assim pensei em ir andando
Estava tarde e a noite pouco fria
Ela sem carona ofereci-me para ir guiando
Hesitou um pouco, pois não me conhecia
Mas logo via, ela estava comigo caminhando
E eu abrindo a porta à ela já com ousadia
Puocas horas para o dia eu guiava divagando
Fui me apaixonando pela bela moça da danceteria
Mão suando e coração pensando
Estava viajando ou ela querer-me-ia

Me desequilibrei e acabei sendo quem não queria
Tornei-me conservador num momento em que não devia
Não conduzi-a como o script mandaria
Deixe de mostrá-la como sou no dia-a-dia
Um sonhador de modesta ousadia