quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sem Julgar mas Conjugando

Quando será a vez ?
De mostrar a nudez do pensamento 
Sem o véu da angústia do sentimento
Que por penúria de coragem
Esconde a timidez


Quando for a vez
De balbuciar aos prantos
Ancorado pelos cantos
O medo da mentira ecoada
Que cessa ao se despertar pela sensatez


Quando é a vez ?
De liberar a tensão armazenada
Ao esticar o braço com a mão fechada
Alcançando o formoso queixo
Dessa bela estupidez

Seja quando a vez
Tiver qualquer viés
Que venha persuadir
E por um fato contrário interferir
No amor do seu simples existir


Quando foi a vez?
De abandonar a questão primordial
Achar que o moderno conjectural
Não tem qualquer ligação original
Com o filosofar sobre o bem e o mal


Quando fora a vez
De enjoar da brisa do mar
Ignorar a estrela solar
Só por achar que a luz
É uma tecnologia de iluminar


Quando o ser ser
O que há de dever de ser
Será triste e belo ao preconceituar
Porém será o que for de ser
E sendo assim será sido o que é


terça-feira, 19 de junho de 2012

Instrumento Novo

Não olhe para mim, desvie seu olhar
Não precisa me encarar
Mas escute o que vou te dizer
Tu acrescentou mais cor, deu mais sabor e me fez estender
A mais um passo nesse campo de magia que é viver


O filme que antes achava sem graça
Hoje choro de tanta risada
E a vontade que detida em mim estava
Simplesmente transbordou, agradecendo a ti
Pelos bons tempos alguém que já te amou


É bem possível que o sentimento tenha um único sentido
Se é de mim para ti agora, isso não importa
Pelo que sei dessa vida tudo vai
E nada jamais volta ao que já foi
Assim como o brilho de certas estrelas
Que passam para dizer um último oi


Dissipando a emoção transformando a sensação
Recriando as experiências em forma de canção
Embaladas a vácuo num ritmo que não faço menção
Porque o som que realmente me toca
É a batida pulsante do meu coração



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vago Amor

Em uma vaga estaciono
Não faço idéia de onde esteja
Mas qualquer lugar está bom
Faz todo sentido para quem vagueia


Vaga a mente e o corpo adormece
Sutilmente o sono aparece
Procura-se meu amor sem pressa
Mas antes do dia que escurece


Pois no início da noite que se vem
Quero já estar com meu bem
Para compor do sol que brilha
Descrever o vago sentimento


Agora vagarosamente divago
Pois tua presença prende meu nervo vago
E no mínimo nervosismo que restou
Digo que morro pelo teu amor