Nem sei para as quais
Devo dedicar-me mais
Sendo todas tão iguais
A guerra fria esquentou
Migrou de continente
Causando o incidente
Que por mim resvalou
O sistemático jogo por dinheiro
Alimentou o câmbio embrionário
Gerou um câncer apartidário
Que sem pai flutua pelo mundo inteiro
A guerrilha cambial continua
E a tortilha servida sob a lua
Não alimenta mais a macacada semi-nua
Da ilha flutuante que por hora desvirtua
Até o espaço desgovernado se aprisionou
Vulnerabilizado pelo estado prosaico
Do linguarudo doente apático
Que até da guerra cibernética profanou
Gaguejou de tantos problemas
Não calejou para ver o emblema
Disfarçou para todos com um poema
Não escondeu de onde surge o sistema
O núcleo é algo central
De um centro sempre original
Do originário quase primordial
Primitivando algo essencial
Seja o medo ou o amor
É tudo igual
É a guerra sazonal
Categoricamente especial
Apaziguada pelo singelo sinal
Transmitido pelo gesto facial
Da paz de um olhar longitudinal
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