domingo, 7 de março de 2010

Ainda Zagal

De um sonho profundo acordei angustiado
Nao sabia o que queria e fui ficando irritado
Meus olhos ainda se abrindo, coçavam. Meus dedos cheirando a alho, também
Pois queriam expulsar o demônio de ideias que não saiam nem por reza de amém

No amor não deixei de acreditar mesmo que ele tenha parado de me bolinar
Questiono, encerro e volto a questionar que por outras paixões eu deva atravessar
Encolhido pelos cantos sinto o apoio das paredes que nada me dizem, mas sou respeitador
Por responderem a força que lhes soco na mesma intensidade e me fazem ouvir em dor
Sangro! Choro! Re-aprendo! A vida não é nada sem ensinamentos

Não nego que em grande estilo eu viva e de sortudo tenho quase tudo
Uma casa, um emprego, uma saúde e uma sabedoria, que me faz enxergar o que é a luz do dia
As cores andam um certo desbotadas e o sabor de meus temperos um tanto insosso
Mas deixarei de roer este osso que me nostalgia, de um velho sabor que não tem mais valia.

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